sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Filho ou Hipócrita?

(Comentário Mateus 6)

Veja:

v. 1-8

Jesus expõe a hipocrisia do homem religioso, que dá esmolas e faz orações para ser visto e elogiado pelos homens. Segundo Jesus, esse já recebeu sua recompensa. Qual? Oras, ser visto e louvado pelos homens. O que ele está dizendo é que um cara assim deve se dar por satisfeito por receber o que procurava. Nada mais.

Esmolas e orações são coisas tão boas quanto as muitas árvores frutíferas que Deus plantou no Jardim do Éden para Adão e Eva se alimentarem. O que aconteceu? Eles comeram da única árvore que Deus ordenou que não comessem. Foi a origem do pecado, da rebelião do ser humano contra o Criador.

Quando Adão e Eva viram a besteira que tinham feito, tentaram se esconder de Deus entre as árvores do pomar. O homem religioso é assim: tenta se esconder de Deus entre as próprias coisas que Deus aprova, como esmolas e orações. Tenta disfarçar, fingir, encobrir seu pecado. O nome disso? Hipocrisia.

Cristo Jesus veio ao mundo salvar pecadores, e são estes que Deus procura. Se você continuar se escondendo atrás de sua religião, de suas boas obras e orações para parecer que não é um pecador, como espera ser encontrado e salvo?

Vamos lá, se exponha, se abra, se escancare para Deus, confesse a Ele quem você realmente é e creia em Jesus como seu Senhor e Salvador. Só falta isso para você ser chamado de filho de Deus e poder olhar para Deus e dizer: Papai (Aba, Pai). 

v. 9-15

Orar é se reconhecer fraco, incapaz e dependente de Deus. Nada disso agrada o ser humano que desde criança é ensinado a ser independente e, quando cresce, consome livros de auto-ajuda. Portanto, a oração é a negação da auto-suficiência.

Jesus ensina que orar não é ficar repetindo palavras como fazem os pagãos. Não é entoar sons hipnóticos como os mantras tibetanos ou usar de palavras mágicas ou fórmulas secretas para liberar algum tipo de energia cósmica. A oração não é Shazam ou o Abracadabra do cristão. Orar é comungar com Deus nossas necessidades, sentar-se ao lado dele e conversar sobre elas.

Mas por que orar se Deus sabe de antemão o que precisamos ou vamos pedir? Porque Ele quer enxergar dependência em nós e porque gosta quando conversamos com Ele. Orar é fazer o caminho inverso do homem no Éden, que quis ser independente de Deus, auto-suficiente e dono de seu próprio nariz. A oração nos põe de volta em nosso devido lugar.

Antes de ensinar a oração conhecida como "Pai Nosso" Jesus condenou a mera repetição de palavras, portanto o "Pai Nosso" não é uma oração para ser repetida. Trata-se de um modelo de como devemos orar. Não é "o que", mas "o como".

Mario Persona. Fonte: www.3minutos.net

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