sábado, 17 de novembro de 2012

Salvo na Internet

5 de Janeiro de 1998

Sinto-me completamente perdido. Em Novembro próximo estarei completando 50 anos de idade e, até onde consigo lembrar, nos últimos trinta e cinco anos tenho buscado uma religião ou a religião verdadeira na qual eu pudesse encontrar paz. Tem sido uma busca por uma identidade espiritual pois não sei onde encontrar paz, uma paz que sempre desejei em meu viver. 

De que me valeu ter nascido num lar católico e ter sido criado por minhas tias, tão devotas dessa religião? Ainda posso me recordar das lições de catecismo, da primeira comunhão e crisma, mas nada disso me trouxeram paz ao coração. Nem mesmo as missas de domingo e dias santos, que não perdia por nada deste mundo, puderam eliminar o peso que hoje sinto em minha alma. 

Aquele Deus austero e vingativo de que me falavam só aumentava o medo em meu coração. E como poderia ter sido diferente para um menino de sete anos de idade que escutava aterrorizado àquelas histórias das aparições de Fátima e das previsões que diziam ser de Nossa Senhora? Diziam-me que até o Papa tinha desmaiado de terror ao receber as revelações! Que tipo de Deus incapaz de Se compadecer era Aquele? Todavia era esta a imagem de Deus com que minhas tias encheram minha mente. 


16 de Janeiro de 1998

Estive pensando que talvez tenha sido toda aquela superstição que recebi do Catolicismo que me fez chegar à adolescência totalmente descrente daquela religião, uma religião que apontava para um Deus ao qual devíamos servir por medo e não por amor. Minha melhor recordação daqueles anos é da Bíblia que me foi apresentada por um amigo da minha idade que não era católico. Fiquei empolgado com o pouco que ele me ensinou a respeito de Deus. 

Lembro-me de quando, animado por ele, passei a frequentar a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Fui batizado naquela organização religiosa sob veementes protestos de minha família. Passei alguns anos ali mas minhas dúvidas e temores continuavam. O fervor inicial de minha entrada ali foi se desvanecendo. Acabei saindo daquela denominação porque não queria continuar numa religião sem paz e nem desejava continuar enganando aquelas pessoas com as quais eu convivia. Minha vida exterior poderia ter enganado muita gente, mas eu sabia que não podia enganar a Deus, que me conhecia melhor do que eu mesmo. 


18 de Janeiro de 1998

Me desanima pensar em todo o tempo perdido vagando por várias outras religiões além do Catolicismo e o Adventismo do Sétimo Dia. Tudo o que li vindo das Testemunhas de Jeová e as pesquisas que fiz sobre Budismo, estudando com um grupo que encontrei em minha cidade nada acrescentaram em paz à minha alma. O mesmo posso dizer do Hinduísmo. Mesmo o fato de pertencer à Maçonaria e seguir a Teosofia em nada me ajudou a obter paz. A verdade é que a cada dia me sinto mais e mais confuso. Quando penso no fato de que ficar os últimos vinte anos envolvido com a Rosacruz não me ajudou em nada! Será que estou fazendo algo de errado? Será impossível para mim encontrar a maneira certa para que Deus Se comunique comigo? 


2 de Fevereiro de 1998

Sinto-me dando voltas, como um cão perseguindo o próprio rabo e nunca conseguindo alcançá-lo. Quanto mais me aprofundo nos estudos esotéricos e místicos, maior o vazio que sinto dentro de mim. Estou confuso nesta busca por "luz", lendo tudo o que me vem às mãos. Reconheço que preciso de ajuda, preciso de alguém acima de qualquer suspeita em quem possa confiar, que possa me orientar. Toda orientação que recebi do Espiritismo, Magia, Esoterismo e de tudo o que me ligou à Nova Era tem sido inútil. 

Ter me filiado a diversas ordens e fraternidades como a Ordem Rosacruz, Maçonaria, Colégio dos Magos, Antiga Ordem Mística, Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento e Teosofia de nada me ajudou em minha busca por paz. E o que dizer dos terreiros de Umbanda que frequentei, dos búzios (pequenas conchas para adivinhações) que consagrei com sacrifício de animais? Nem eles puderam prever que essas coisas só iriam me levar a um beco sem saída e sem paz! 


5 de Fevereiro de 1998

Parece que foi ontem que minha curiosidade pelo Espiritismo acabou me levando a um centro espírita. Tremo ao pensar que acabei integrante daquela mesa, quando me recordo das muitas pessoas às quais ensinei o "Evangelho Segundo o Espiritismo", de Allan Kardec -- pensar nos muitos seminários, cursos e palestras que participei! Hoje todos esses livros em minha estante, fruto de dez anos lendo o que me ensinaram ser “escritos psicografados por espíritos” parecem zombar de mim. E não só eles, mas seus companheiros cujos ensinos que nada mais fizeram além de ajudarem a aumentar a aridez que todos os dias sinto em minha alma. Lá estão Helena Petrovna Blavatsky, C. W. Leadebeater, Annie Besant, Alice Baile, Krishnamurt, Dion Fortune, Paulo Coelho, Lobsang Rampa -- tantos homens e mulheres nos quais confiei, cujos escritos devorei! Nada mais que papel. Tão inúteis agora em minha aflição como meus outrora preciosos Baghavad Gita e Vedas. 


10 de Fevereiro de 1998

Ultimamente tenho passado horas pesquisando na Internet. Examinei tudo o que consegui -- textos, pessoas, religiões. Mas ainda estou dando voltas. Sinto mais confusão em minha mente, a cada dia tenho mais dúvidas. Encontrei alguma coisa sobre Islamismo. Até troquei e-mails com alguns muçulmanos dispostos a me ajudar. Decidi que vou continuar pesquisando alguns sites Islâmicos para ver se a paz pode ser encontrada ali. 


11 de Fevereiro de 1998

Hoje me veio um pensamento: Por que não pedir ajuda a Deus? Por que não deixar que Ele abra o caminho para mim? Por que não orar com sinceridade, pedindo para ser tirado de toda essa confusão? 

Acho que estou me tornando muito descrente de Deus e do que Ele é capaz. Tudo em que me envolvi até agora aponta para minha própria evolução espiritual -- evolução que tenta me elevar até eu me tornar um “deus”. Não será isto muita pretensão? Não será isto buscar independência do verdadeiro Deus? 

Não foi apenas na Maçonaria, onde alcancei o 19º grau me tornando um Venerável, que encontrei esse tipo de pensamento. A ideia de transformar homens em deuses é comum a muitas das religiões que pesquisei e daquelas a que me associei. Todas ensinam a respeito da imortalidade da alma, reencarnação, salvação por obras e coisas que não diferem muito dos rituais pagãos do passado. Será possível que eu esteja sendo enganado? O que devo fazer? 


12 de Fevereiro de 1998

Até agora estive buscando a salvação por meio de meus próprios méritos, pelas coisas que posso fazer com meus próprios esforços. Devo admitir que tenho buscado, por meio de meus estudos, uma forma de me tornar um “deus” e não de como encontrar o Deus verdadeiro. Nisto a Maçonaria tem contribuído, ensinando que eu poderia, com meus esforços, me aproximar do que Cristo é. Ali me tem sido ensinado que Ele não passou de um homem comum como eu e que poderia ser como Ele se tão somente seguir seus ensinamentos. Tudo o que é necessário para eu encontrar a luz é subir pouco a pouco os graus de elevação. 

Mas a cada grau o que encontrei foi que a luz deve estar no próximo grau. Será que isto é a verdade? Será que o que tenho aprendido através da Maçonaria, de que a luz me será dada pouco a pouco, conforme eu for alcançando os graus mais elevados? Ou será uma mentira? Começo a pensar que tenho sido levado por falsas esperanças e iludido por ensinos de homens


16 de Fevereiro de 1998

Minha esposa e as crianças viajaram. Estou aproveitando estes dias em que estou só para orar e pedir orientação a Deus. Hoje mais uma vez pesquisei a palavra "Muçulmano" na Internet. Fiquei surpreso por ter encontrado em um site chamado "Histórias de Verdade" a história de um egípcio, um mestre do Islam, que fez um caminho exatamente inverso ao que eu estou tentando fazer. Ele saiu do Islamismo e se converteu ao cristianismo! A história chama-se "No Vale de Lágrimas". Ela tocou meu coração e está mudando totalmente o rumo das coisas para mim. Começo a ver que estou errado, muito errado. Estou longe de Deus. Muito distante mesmo. Acho que até aqui tenho andado no caminho do engano. 

O que li me fez entender claramente que devo me afastar de tudo aquilo que me deixa confuso e devo me concentrar no estudo e interpretação das Escrituras. Eu não precisava ter complicado tanto as coisas. Começo a enxergar que a resposta para o meu dilema está na simplicidade da Palavra de Deus, a Bíblia. 


17 de Fevereiro de 1998

Li outras histórias que encontrei no site de “Histórias de Verdade”. Por meio delas entendi que neste momento o mais importante para mim é tomar uma decisão. Importa mais que tudo o passo que devo dar. Sei que é algo que deverei tratar entre Deus e eu, ou seja, aceitar ao Senhor Jesus como meu único Salvador. É uma decisão pessoal que deve ser tomada sem qualquer interferência externa. Não quero receber qualquer influência de alguma denominação ou algum sistema religioso, pois é dessas coisas que estou tentando fugir. 

Desde a última Sexta-Feira me encontro em constante oração e meditação, solicitando a Deus, o Criador, uma orientação para minha vida. Encontrar o site de “Histórias de Verdade” foi uma resposta às minhas orações. Desde então tenho meditado no que li e nos e-mails que estou trocando com o responsável pelo site. Comecei a derramar sobre ele um verdadeiro bombardeio de perguntas! 


20 de Fevereiro de 1998

Mais uma vez recebi ajuda por meio dos e-mails que tenho recebido de "Histórias de Verdade". Amanhã devo viajar para ir encontrar minha família e só voltarei depois dos feriados. Quero voltar a fazer contato depois de minha volta. Enquanto isso continuarei lendo e analisando tudo que recebi. Estou convicto de que sou um pecador perdido necessitado desesperadamente de salvação. 

Nestes dias tenho lido a correspondência recebida de "Histórias de Verdade" e tenho pensado muito. Também li o livro “A Agonia do Grande Planeta Terra”, de Hal Lindsay mencionado na história "Quando os Anjos Se Alegram" e já emprestei o livro a um amigo. 


5 de Março de 1998

Depois de muita meditação, tomei uma decisão -- talvez a maior decisão de toda a minha vida. Aceitei o Senhor Jesus e o sacrifício que Ele consumou por mim como única forma de salvação. Decidi que de agora em diante confiarei em Seu sacrifício e aprenderei dAquele que o consumou. Desejo que Cristo possa se tornar tão real para mim que Sua vida possa ser vista em mim. Sei que por mais que eu tente fazer alguma coisa, nunca poderia alcançar a salvação por meus próprios méritos. Mesmo tentando modificar a mim mesmo diariamente, lutando contra mim mesmo, sei que jamais iria conseguir. 

Também sei que não sou merecedor da salvação eterna. Ela me foi possível pelo Senhor Jesus ter morrido na cruz por mim e me está sendo dada gratuitamente por Deus em Sua maravilhosa graça. Pela primeira vez na vida encontrei e desfruto a paz. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie." (Efésios 2:8,9) E também, "tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5:1). 


11 de Março de 1998

Já rompi os últimos laços com a Ordem Rosacruz (AMORC), devolvendo todas as lições que recebi nos últimos vinte anos. Também estou me livrando de todos os livros, revistas, folhetos, fitas cassete e indumentárias que recebi da Maçonaria, de cuja Loja local eu fui o fundador. Também rompi todas as associações e devolvi tudo o que me ligava ao misticismo, esoterismo, espiritismo e outros "ismos" que me mantiveram escravo por todos esses anos. É um alívio saber que não preciso ser membro de alguma organização para receber "o dom gratuito de Deus, a vida eterna". Não preciso de seus ensinos "miraculosos" reservados a alguns poucos membros eleitos, escolhidos ou "iluminados". "Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte." (Provérbios 14:12). Hoje tenho a Palavra de Deus para me garantir de que tenho a vida eterna. É a Bíblia que me diz, ao falar de Jesus: "Tu tens as palavras da vida eterna". (João 6:68). 

Sou um novo homem. Encontrei o verdadeiro Caminho para o céu: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por Mim”. (João 14:6). Minhas dúvidas desapareceram e no lugar delas tenho fé e cri no Senhor Jesus Cristo e no grande sacrifício que Ele fez, aceitando-o como o único meio de salvação. Tenho o perdão garantido pelo sangue de Cristo que foi derramado, de uma vez por todas, na cruz. Tenho assegurada a entrada no céu. 

O Senhor usou a Internet para me alcançar e me fazer ver tudo o que Ele fez por mim. Hoje estou usando a Internet para contar a você que a mesma salvação está disponível a todo aquele que simplesmente crê em Cristo como Salvador. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16)

Fonte: http://www.stories.org.br/saved.html

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