quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Os Pequeninos

(Comentário Mateus 11:25-27)

Veja:


Vimos por que a sabedoria é justificada por seus filhos. Outras versões trazem "a sabedoria é comprovada pelas obras que a acompanham". Se as obras de alguém que crê em Jesus forem obras de Deus, elas irão glorificar a Deus, não ao homem.

Jesus dá graças ao Pai por revelar essas coisas aos pequeninos e não aos sábios e entendidos. Paulo fala disso em 1 Coríntios, quando diz que Deus escolheu as pessoas fracas, loucas e insignificantes para confundir as poderosas, sábias e importantes. Por que? Para quem ninguém possa se gabar diante de Deus.

Oras, se eu entender as coisas de Deus graças à minha capacidade intelectual, então posso me gloriar de ter conseguido isso com meus esforços. Mas se entender apenas por revelação divina, de quê vou me gloriar?

Assim como a salvação é de graça e independe de meus esforços, o entendimento da Palavra de Deus segue a mesma regra. Se você se considera incapaz de entender as coisas de Deus, está no caminho certo. É para gente assim que ele revela a sua Palavra.

Jesus diz que ninguém conhece o Filho senão o Pai, e ninguém conhece plenamente o Pai a não ser aquele a quem o Filho quiser revelar. Portanto é também impossível conhecer a Deus de moto próprio. Deus é tão grande que só ele pode entender a si mesmo. Mas Jesus pode revelar o Pai a quem ele quiser.

"Aquele que conhece o Filho, conhece o Pai", foi o que Jesus disse no evangelho de João 14:7: "Se vocês me conhecessem, também conheceriam meu Pai". Porém, se diz que só o Filho conhece o Pai e este pode ser revelado a quem o Filho quiser, diz também que só o Pai conhece o Filho, mas nada diz do Pai revelar o Filho.

Há coisas que jamais iremos compreender, e a encarnação é uma delas: como Deus, imenso como é, poderia se tornar homem? Não há explicação que caiba em nossa cabeça. Quando andou aqui Jesus deu breves lampejos da divindade escondida naquele corpo frágil, ao falar como Deus, e não como um homem comum.

"Antes que Abraão fosse, eu sou", disse ele uma vez. "Jerusalém, Jerusalém, quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos", disse ele na primeira pessoa em outra ocasião. Ele já existia bem antes de nascer aqui.

É desse Jesus que estou falando. Tão sublime, tão elevado, tão magnífico, e mesmo assim tão acessível a ponto de dizer: "Vinde a mim".

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