terça-feira, 29 de julho de 2014

Deixe Minha Mãe Entrar

Uma noite, um bem afamado pregador estava se preparando para dormir quando ouviu alguém batendo na porta da frente. Ao abri-la, encontrou uma garotinha encharcada na chuva. Enquanto ele olhava para aquele magro e desfigurado rostinho, ela disse: "Você é um pregador?"

"Sim, eu sou", respondeu ele.

"Bem, você não viria comigo um pouco para deixar minha mãe entrar?", perguntou ela.

O pregador respondeu: "Minha querida, é pouco apropriado para mim deixar sua mãe entrar. Se ela está bêbada, você deveria procurar um policial."

"Oh, senhor", ela respondeu rapidamente, "você não entende! Minha mãe não está bêbada, ela está em casa morrendo, e ela está com medo de morrer. Ele quer ir para o Céu mas não sabe como. Eu falei para ela que procuraria um pregador para deixá-la entrar. Venha rápido, senhor. Ela está morrendo!"

O pregador não podia resistir ao apelo da menina, e então prometeu a ela que iria logo que estivesse vestido.

A menina o levou para a favela, a uma casa velha, até uma escada bamba, ao longo de um corredor escuro, e finalmente a um sombrio quarto. Lá estava a mulher a morrer em um canto.

"Eu lhe trouxe um pregador, mãe. Ele não estava pronto para vir no início, mas aqui está ele. Diga a ele o que você quer e faça o que ele pedir, e ele te deixará entrar!"

Muito cansada para pôr-se sentada, a pobre mulher ergueu sua voz fraca e perguntou: "Você pode fazer algo a uma pecadora como eu? Tenho vivido minha vida em pecado, e agora que estou morrendo sinto que vou para o inferno, mas não quero ir para lá; quero ir para o Céu. O que posso fazer agora?"

Olhando para seu rosto fatigado pelo pecado, o pregador pensou, "O que eu poderia dizer a ela? Tenho pregado salvação pela reforma, mas esta pobre alma foi longe demais para ser reformada. Tenho pregado salvação pelo caráter, mas ela não tem nenhum. Eu sei o que vou fazer. Vou contar a ela o que minha mãe costumava me contar quando eu era menino. Ela está morrendo e isto não pode machucá-la, mesmo que não lhe faça nenhum bem."

Curvando-se ao lado dela o pregador começou: "Minha querida, Deus é muito gracioso e bondoso, e em Seu Livro, a Bíblia, Ele diz: 'Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.' (João 3:16).

"Oh", exclamou a mulher moribunda, "a Bíblia diz isso? Meu Deus! Isso deveria me deixar entrar. Mas, senhor, e meus pecados, meus pecados??!!"

Ele ficou surpreso com a forma como os versículos a tinham impactado. "Minha querida", ele continuou, "a Bíblia diz que 'o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.' (1 João 1:7).

"Todo o pecado, é isso mesmo que você disse?", ela perguntou seriamente. "Aí realmente diz 'todo o pecado'? Isso deveria me deixar entrar!!"

"Sim", ele respondeu, ajoelhando-se do lado dela. "Aqui diz 'todo o pecado'. O Livro de Deus também diz: 'Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.' (1 Timóteo 1:15)

"Bem", disse ela, "se o principal entrou lá, eu posso ir também. Ore por mim, senhor!"

O pregador abaixou-se e orou com a pobre mulher. Do jeito que estava, ela foi a Jesus, que nunca vira as costas para ninguém, e assim ela entrou.

"E no processo", acrescentou o pregador, "enquanto ela estava entrando, eu mesmo também entrei. Nós, ambos pecadores, o pregador e a mulher pobre, entramos pela porta da salvação juntos naquela noite."

O Senhor Jesus diz: "Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á" (João 10:9). E novamente, "O que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora" (João 6:37).

O Senhor Jesus é a porta. Ele não diz "uma porta", pois não há outra porta. A igreja não é a porta; os Dez Mandamentos não são a porta; reforma e boas obras não são a porta; a virgem Maria, mãe de Jesus, não é a porta. Jesus é a única porta, e para entrar no Céu o pecador deve passar por Ele para ter seu pecados perdoados e lavados.

A boa vida do pregador não o permitiu entrar, nem a vida ruim da mulher pobre a deixou de fora. Ambos eram pecadores, "pois todos pecaram" (Romanos 3:23), e como tais eles entraram pela mesma porta para a vida e paz, pela fé no Senhor Jesus Cristo.

"'Venham, vamos refletir juntos', diz o Senhor. 'Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; embora sejam rubros como púrpura, como a lã se tornarão.'" (Isaías 1:18)

Fonte: http://bibletruthpublishers.com/gospel-tract-get-my-mother-in-full-color-tract-faith-story/pd5609

quarta-feira, 23 de julho de 2014

O Julgamento

(Leitura: Mateus 26:57-68)

Veja:


Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=g0Ry53gS2KE

O julgamento de Jesus é surreal. Os principais religiosos procuram por falsas testemunhas que possam acusá-lo de algo grave o suficiente para condená-lo à morte. As únicas que trazem uma acusação consistente nada mais fazem do que distorcer o que ele mesmo havia dito: "Destruam este templo e eu o levantarei em três dias".

Seus acusadores não percebiam que Jesus tinha se referido ao seu corpo, o templo de Deus, que morreria e ressuscitaria três dias depois. Não é algo incomum as pessoas distorcerem as palavras de Jesus para encaixá-las em seus próprios pensamentos, ou então por não entenderem seu sentido. Em 1 Coríntios capítulo 2 o apóstolo Paulo explica que é impossível entender a Palavra de Deus se não for pelo Espírito de Deus.

O profeta Isaías havia predito que o Messias se comportaria como ovelha muda diante de seus tosquiadores, e é assim que ele permanece até o sumo sacerdote colocá-lo sob juramento, como é feito nos tribunais de hoje: "Exijo que você jure pelo Deus vivo: se você é o Cristo, o Filho de Deus, diga-nos!"

Jesus responde: "Tu mesmo o disseste". E vai além: "Digo a todos vós que chegará o dia em que vereis o Filho do homem assentado à direita do Todo Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu". O sumo sacerdote, conhecedor das Escrituras que era, não podia deixar de se lembrar do que havia sido dito pelo profeta Daniel:

"Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o Filho do homem; e dirigiu-se ao Ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído". 

Indignado, o sumo sacerdote anuncia que as palavras de Jesus o condenavam por blasfêmia. Ele devia ser morto. Então os demais membros do conselho passam a cuspir no rosto de Jesus e a espancar aquele Homem de mãos atadas, que não era ninguém menos do que o Senhor do Universo, o criador da saliva daqueles que cuspiam e dos punhos que acertavam sua face.

A expressão "Filho de Deus" geralmente não é compreendida em nossos dias, quando a frase "eu também sou filho de Deus" pode ser ouvida da boca de qualquer um. Mas nenhum israelita no Antigo Testamento ousaria dizer tal coisa. Eles sabiam que eram criaturas de Deus, não filhos. Lendo o evangelho de João você aprende que os judeus consideravam a expressão "Filho de Deus" equivalente a alguém dizer ser igual a Deus.

Portanto temos aqui Jesus, sob juramento, afirmando ser igual a Deus e conectando sua pessoa ao Messias esperado por Israel. Aqueles judeus não podiam ficar indiferentes. Ou eles aceitavam estar diante de Deus na forma humana, ou cuspiam em seu rosto. E você, de que lado vai ficar? Nos próximos 3 minutos Pedro escolhe de que lado quer ficar.

sábado, 19 de julho de 2014

As Últimas Palavras do Explorador

Ele foi encontrado morto em uma cabana solitária, com um prato que ele tinha usado como mesa, sobre os joelhos. A mão do esqueleto descansava sobre uma carta inacabada:

"Mãe, o sol está brilhando, mas me sinto tão frio. Ainda posso andar um pouco, mas isso é tudo. Não há sangue em mim, porque não tenho comido por muito tempo. Não vejo outro ser humano a quarenta dias. Há algumas revistas aqui, mas as estórias são tão tolas. Tenho algumas cartas de baralho, mas não quero saber de jogar paciência. A única coisa que me preocupa é se Deus vai perdoar meus pecados."

Essas foram as últimas palavras de um jovem explorador em Long Rapids, Hay River, Alberta, no Canadá, antes de "ter dado um pulo" para a escuridão da eternidade.

Uma Pergunta Essencial


Quem não sentiria simpatia por um rapaz morrendo sozinho e com medo de se encontrar com Deus? Algum dia você também terá que se encontrar com Deus. Talvez seu leito de morte será muito diferente do desse explorador. Você pode estar rodeado de todo o conforto que o dinheiro possa comprar. Você pode ter o carinho e o amor de todos os seus amigos, mas o último passo você deverá tomar sozinho. Quando você entrar na eternidade, será "um pulo no escuro" ou "um pulo para a luz"?

Por favor, não ignore essa pergunta. Responda-a honestamente diante de Deus. Se você não pode responder "Para mim a morte será como um pulo para a luz", volte-se a Jesus agora. Confie nEle enquanto lê estas palavras, e você saberá para onde vai quando morrer.

"Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas." (João 12:46), disse o Senhor Jesus.

Jesus Morreu Para que Pudéssemos Viver


Ele morreu para que pudéssemos viver. Ele experimentou a escuridão da morte para que pudéssemos desfrutar da luz da vida. Ele suportou o juízo de Deus para que pudéssemos ser gratuitamente justificados de nossos pecados.

"Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus." (1 Pedro 3:18)

"Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação." (Hebreus 9:26-28)

Confie nEle de forma simples, e então, quando você adormecer em Jesus ou quando Ele voltar para se encontrar com você "nos ares" (1 Tessalonicenses 4:13-18), será "um pulo para a luz".

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Preso

(Leitura: Mateus 26:47-56)

Veja:


Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=iDM0aWoxWss

Judas precisou combinar um sinal para os soldados não prenderem a pessoa errada. O beijo, que era tão comum na época quanto um aperto de mão nos dias de hoje, seria o sinal. Judas avisa que tão logo beijasse Jesus os soldados deviam prendê-lo. Ele bem sabia que em outras ocasiões Jesus escapara milagrosamente das mãos dos que queriam fazer-lhe mal.

Ao contrário dos filmes de Hollywood, que sempre escolhem o ator mais bonito para o papel de Jesus, o verdadeiro Jesus era um homem de aparência tão comum quanto os outros discípulos, daí a necessidade de Judas apontá-lo para os guardas naquela noite escura. O profeta Isaías escreveu que nenhuma beleza havia nele para nos atrair. Se você encontrasse Jesus na rua naquela época, dificilmente se interessaria por ele. E hoje é impossível você ser atraído a ele se não existir uma obra do Espírito Santo de Deus em seu coração. O homem, em seu estado natural, caído e inimigo de Deus, jamais desejará qualquer contato com Jesus.

Quando Pedro vê Jesus preso, não consegue se conter. Puxa da espada e ataca um servo do Sumo Sacerdote, decepando-lhe a orelha. Nos últimos dois mil anos a cristandade tem feito exatamente isso, usado da espada sob o pretexto de defender os interesses de Jesus. Tudo o que conseguiu foi decepar milhões de orelhas e criar uma multidão de pessoas que já não têm ouvidos para a Palavra de Deus.

Os soldados podiam prender Jesus, mas não podiam prender sua misericórdia e compaixão, por isso ele cura o homem que teve a orelha decepada. Até mesmo sua prisão só ocorria porque os desígnios de Deus não podem ser frustrados. Acaso não podia ele convocar imediatamente milhares de anjos para defendê-lo? É claro que sim.

Se você estivesse ali, quem você seria? Judas, o traidor? Certamente não. Talvez um dos soldados, alegando estar apenas cumprindo ordens. O problema é que ninguém pode alegar inocência ao levantar um dedo contra Jesus. Depois do que eu falei da cristandade, que historicamente sempre apelou para as armas sob o pretexto de estar defendendo Jesus, você provavelmente não gostaria de ser Pedro ali. Afinal, poucas horas depois o mesmo Pedro, tão confiante em si mesmo, negaria conhecer Jesus. Querer ser qualquer um dos outros discípulos também não parece boa ideia, pois o texto diz que todos fugiram, abandonando Jesus.

Não, você não pode ser nenhum deles, mas se quiser realmente ser salvo, terá de reconhecer que é tão mesquinho quanto Judas, tão indiferente quanto os soldados, tão violento quanto Pedro e tão covarde quanto os outros discípulos. Daquele momento em diante Jesus está só, e é assim, sozinho, que deve cumprir a obra para a qual foi designado: morrer como o Cordeiro de Deus e derramar o seu sangue para purificar pecadores tão maus quanto eu e você.

Nos próximos 3 minutos Jesus é julgado.

domingo, 13 de julho de 2014

Dever ou Amor?

Era sexta-feira à noite, e Albert Drecker estava de serviço na ponte ferroviária sobre o Rio Passaic. Ele abriu a ponte para permitir que um barco passasse, e agora estava prestes a fechá-la a tempo do trem de Nova York passar pela ponte.

Nesse momento o pequeno garoto de Albert, Peter, veio correndo ao longo do dique em sua direção. Mas, de repente, Peter perdeu o equilíbrio, escorregou e caiu pelo barranco à margem do rio para as profundas águas abaixo. Quase no mesmo instante, Albert Drecker ouviu o apito do trem se aproximando à distância. Mesmo não podendo ainda ver o trem, Drecker sabia que, a menos que a ponte fosse fechada imediatamente, o trem se arremessaria para dentro do rio. Salvar a vida de Peter seria fácil, mas se ele parasse para salvá-lo, quantos outros morreriam em um massivo acidente de trem? O que ele faria?

Decisão


Em agonia, enquanto via seu filho se afogando diante de seus olhos, Drecker permaneceu em seu posto. Dolorosa e lentamente, a grande ponte se fechou, e segundos mais tarde o trem rugia em segurança por sobre a ponte. No mesmo instante, Drecker mergulhou na água e arrastou Peter até a margem. Desolado, percebeu que era tarde demais - seu menino estava morto.

Será que não podemos entender os sentimentos de Albert Drecker? Foi uma decisão terrível que ele teve que tomar. Ele desejava salvar seu filho, mas não podia salvá-lo ao mesmo tempo que os passageiros do trem. Enquanto trabalhava freneticamente, ele assistia à luta desesperada de seu filho se afogando. O trem atravessou com segurança. Seu filho perdeu sua vida. Quão profundamente gratos não estariam aqueles passageiros quando soubessem de como Drecker havia poupado suas vidas no lugar de seu filho.

Perfeito Amor


Agora pense sobre uma outra história que fala sobre perfeito amor e perfeita obediência. Olhe, com fé, para Cristo na cruz, e veja ali como Deus entregou Seu próprio Filho àquela morte horrível para poupar pecadores culpados e oferecer salvação de graça a todos. Não havia outro modo pelo qual os pecadores pudessem ser salvos.

Deveriam aqueles que merecem o castigo pelos seus pecados serem mandados para um inferno eterno, ou deveria Deus enviar Seu próprio Filho ao mundo para levar a condenação no lugar deles? Esta é a grande questão. Graças a Deus que Seu amor era tão grande "que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16).

Albert Drecker não enviou seu filho para o rio - ele caiu lá. Mas Deus Pai enviou Seu Filho para ser nosso Salvador. "Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos." (1 João 4:9)

Você responde com profunda gratidão a Deus por Seu maravilhoso amor por você? Você alguma vez já agradeceu a Ele por isso e pela obra consumada de Cristo na cruz? Se você nunca fez isso, por que não agradecê-Lo hoje mesmo e receber o Senhor Jesus como seu Salvador? Aceitá-Lo traz salvação eterna agora mesmo; rejeitá-Lo lhe trará condenação eterna.

"Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece." (João 3:36)

sábado, 12 de julho de 2014

Getsêmani

(Leitura: Mateus 26:36-41)

Veja:

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=aQJNh-9Ff1s

Após a ceia Jesus dirige-se com seus discípulos a um jardim, mas o nome do lugar não tem nada de aprazível. Getsêmani significa "prensa de azeite"e ali Jesus é esmagado pela agonia de pensar o que o espera na cruz. Enquanto isso, os discípulos dormem, alheios à gravidade da situação.

Não eram as chibatadas dos soldados, a coroa de espinhos ou os pregos, que enchiam de pavor o coração de Jesus. Muita gente sofreu torturas maiores e por mais tempo do que ele. Sua apreensão estava no que vinha depois da violência infligida por homens. Ele agonizava só de pensar no castigo que receberia de Deus, quando fosse feito pecado em nosso lugar.

Setecentos anos antes Isaías previu o real motivo da cruz: "Ele foi traspassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados". Jesus, perfeito Deus e perfeito homem, que nunca pecou e nem poderia pecar por não ter a mesma natureza pecaminosa que herdamos de Adão, seria feito pecado na cruz. 

Não dá para imaginar o quanto ele sofreu na cruz sob o castigo divino, pois se existisse uma fórmula para calcular isso ela incluiria a soma do castigo eterno de todos os que foram salvos por ele. Uma eternidade de juízo condensada em três horas. Não foi no Getsêmani que ele sofreu por nossos pecados, e nem nas primeiras horas na cruz. O momento em que Deus voltou a sua face e abandonou Jesus na cruz foi naquelas 3 horas de trevas que cobriram toda a terra.

Pensando nisso, por três vezes no Getsêmani Jesus faz uma mesma oração: "Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero mas como tu queres". Alguns podem achar que Jesus estivesse vacilando ou na dúvida se devia seguir adiante. Porém uma frase no evangelho de João elimina qualquer dúvida quanto à sua disposição de cumprir sua missão. Ele disse: "Agora meu coração está perturbado, e o que direi? Pai, salva-me desta hora? Não, pois eu vim exatamente para isto, para esta hora. Pai, glorifica o teu nome!". Se você queria saber por que Jesus veio ao mundo, aí está.

Eu creio que naquela tríplice pergunta, "Se possível, afasta de mim este cálice", há um recado para nós, principalmente na resposta do Pai. Sim, a resposta do Pai foi um silêncio que até hoje ecoa pelo Universo, deixando claro que não era possível afastar dele aquele cálice. Jesus teria de bebê-lo até o fim para resolver de uma vez para sempre a questão do pecado e para poder existir salvação para nós. Se fizermos hoje uma pergunta parecida, do tipo "Pai, se possível, salva-me de outra forma que não seja pela morte de Jesus na cruz", a resposta será o mesmo silêncio. Não, não é possível.

Nos próximos 3 minutos Jesus é preso.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

O Erro do Coronel Roosevelt

Durante a Guerra Hispano-Americana, Theodore Roosevelt, muito apegado a seus homens, ficou muito preocupado quando alguns deles adoeceram. Ouvindo que Clara Barton (a senhora que se dedicava ao trabalho na enfermagem para os soldados feridos) tinha recebido um suprimento de comida especial para os inválidos, o Coronel Roosevelt pediu que ela lhe vendesse uma porção dessa comida para os homens doentes de seu regimento.

Seu pedido foi recusado. O coronel ficou muito perturbado. Ele se preocupava com seus homens, e estava disposto a pagar pelos suprimentos do seu próprio bolso.

"Como posso conseguir essas coisas?" perguntou ele. "Preciso de comida adequada para meus homens doentes."

"Apenas peça por eles, Coronel", disse o cirurgião encarregado da Cruz Vermelha.

"Oh,", disse Roosevelt, seu rosto brilhando em um sorriso, "então é assim que funciona, é? Então eu peço agora." E então ele conseguiu todos os suprimentos de uma só vez.

Muitas vezes, o mesmo erro do coronel é repetido quando se trata da salvação. As pessoas parecem esperar recebê-la em troca de alguma coisa que elas mesmas não podem oferecer. Um traz uma fervorosa oração; um segundo traz um voto ou promessa de virar a página da vida; um terceiro traz uma resolução de viver uma vida melhor e mais pura; um quarto pensa que antes que ele possa receber a salvação, ele deve produzir alguma evidência de sua sinceridade na forma de uma melhoria de conduta; um quinto imagina que pode obtê-la ao aderir a um credo ortodoxo e à conformidade a certas observâncias religiosas.

No entanto, a verdade é que a salvação de Deus só pode ser obtida como um presente, de graça. Por que haveria qualquer dificuldade em entender isto? As palavras das Escrituras são muito claras:

"A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida." (Apocalipse 21:6)

"O dom (dádiva/presente) gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor." (Romanos 6:23)

Mas o orgulho se rebela contra tais termos. Ele preferiria pagar, mesmo que um preço baixo. Mas Deus é grande demais para vender Sua benção, de modo que nenhum homem merece nem um pouco a salvação, não importa o quanto possa tentar. Deus está preparado para atender ao pecador com Suas mãos cheias das mais ricas bênçãos, bastando que o pecador vá a Ele com as mãos vazias para recebê-las de presente. E você, irá?

"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom (dádiva/presente) de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie." (Efésios 2:8-9)

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16)

A Ceia


(Leitura: Mateus 26:17-30)

Veja: 


O ponto alto da adoração cristã não é algum tipo de show gospel de luzes, pirotecnia e decibéis, mas uma celebração tão simples e discreta quanto foi o modo de vida de Jesus. No capítulo 26 de Mateus ele institui a ceia para recordar sua morte. A ceia é uma celebração reservada aos que estão em comunhão com Jesus.

A ceia do Senhor foi tão deturpada que hoje até organizações ocultistas, como a maçonaria e a gnose, celebram algum tipo de caricatura dela. Mesmo entre cristãos genuínos seu significado foi perdido. O texto é claro: Jesus dá graças, parte o pão, e o dá aos discípulos dizendo: "Tomem e comam, isto é o meu corpo". Depois dá graças pelo copo de vinho e o dá aos discípulos, para que todos bebam, dizendo: "Isto é o meu sangue"

Ele falava de símbolos, e não literalmente de seu corpo, que continuava ali, ao lado dos discípulos, e não sobre a mesa. Seu sangue ainda não tinha sido derramado e continuava em seu corpo, e não como é representado pelo pão e vinho, separados um do outro. Ele fez outras afirmações simbólicas do tipo "eu sou a porta... a videira... o caminho...", e ninguém de sã consciência iria achar que estivesse falando de algum tipo de transubstanciação que o transformasse numa porta, numa árvore ou numa estrada. Pedro em sua carta também disse que ele é a rocha. 

A ceia nos evangelhos tem um caráter diferente da que foi revelada a Paulo em 1 Coríntios 11 para ser celebrada pelos cristãos. A primeira apontava para uma morte ainda por ocorrer. A ceia que hoje celebramos é a recordação de uma morte já consumada. Em ambas Jesus está vivo no momento da celebração: naquela, porque ainda não tinha morrido na cruz; nesta porque já ressuscitou. Portanto a ceia não tem o caráter de um velório com um corpo presente, como pensam alguns, nem é a repetição do sacrifício de Cristo, como pensam outros. Trata-se de um memorial, uma recordação ou um retrato do sacrifício de Jesus.

Em 1 Pedro, capítulo 3, diz que "Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas". Em Hebreus 9 diz que ele "não entrou em santuário feito por homens... para se oferecer repetidas vezes... mas agora ele apareceu de uma vez por todas para eliminar o pecado... foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos". Estes versículos devem bastar para quem crê na Palavra de Deus. O pão e o vinho continuam pão e vinho, e não têm qualquer poder, tipo poção mágica. É errado fazer de coisas materiais objetos de culto, como fazem os pagãos. Atribuir tais fantasias à ceia é perder de vista o seu real significado que é recordar o sacrifício de Jesus que aconteceu na cruz há 2 mil anos, não ali na mesa.

Agora vem uma dica importante. Os discípulos perguntam: "Onde queres que a preparemos?" e recebem instruções detalhadas, pois Jesus iria encontrá-los naquele lugar e em nenhum outro. Se tivessem escolhido o lugar ao seu bel prazer, teriam se desencontrado dele. Antes de decidir onde lembrar o Senhor em sua morte, pergunte a ele. Naquela noite só havia um lugar.

Nos próximos 3 minutos o Getsêmani faz jus ao nome.

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