sábado, 17 de outubro de 2020

Sozinho(a)?

Alguns afirmam que estamos entrando em uma era de solidão ainda mais profunda à medida que a Internet suga o tempo disponível das pessoas e as impede de estarem presentes com a família e amigos. Mas o profundo problema do isolamento existe há muito tempo. Ontem, através das grandes janelas de vidro da biblioteca pública, vi quatro "amigos" parados do lado de fora, três deles assediando o outro. Eles o perseguiram pela chuva que caía fraca, fizeram tentativas de derrubá-lo, deram-lhe empurrões e cutucadas e aparentemente o insultaram várias vezes. Não muito tempo depois, ele conseguiu ficar sozinho quando a chuva começou a cair com mais força sobre sua cabeça. 

Ver multidões de pessoas felizes pode fazer com que aqueles que são deixados de lado se afundem ainda mais em seus mundos solitários. Épocas de feriados, quando "todo mundo" está com família e amigos, deixam esse restante com a sensação tão vazia quanto o papel de embrulho que é jogado fora depois que um presente é aberto. Até mesmo celebridades com literalmente milhões de fãs, com centenas de pessoas que fazem fila para conseguirem autógrafos e dezenas competindo para assinar contratos com eles, muitos deles não têm ninguém que os compreenda profundamente e que se preocupe com seus pensamentos do fundo de suas mentes. Um vizinho meu fez alguns reparos na mansão de Michael Jordan durante uma das temporadas de campeonatos com o time de basquete Chicago Bulls. Enquanto ele descrevia como foi entrar na propriedade fechada, passar pelas câmeras de segurança, e ver um cinema particular que guardava Michael de ser assediado por fãs se saísse em público, não pude deixar de sentir a prisão isolada da popularidade.

Deus fez o homem à Sua imagem, o amou e fez todo o possível para ter um relacionamento profundo e pessoal com ele. Ele descreve Seu desejo de se comunicar com o homem nestas palavras: "E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia" (Gênesis 3:8). Você poderia pensar que alguém que ouvisse a voz de Deus ficaria encantado em falar com Ele. Mas veja o que aconteceu: eles "esconderam-se da presença do Senhor Deus" (Gênesis 3:8). O pecado, a desobediência a Deus, os deixou desconfortáveis em Sua presença. "As vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus" (Isaías 59:2). A raiz de toda solidão em nosso mundo e em nossa vida -- embora às vezes esteja enterrada logo abaixo da superfície -- é o pecado, que separa o homem de Deus. A separação final será "eternamente... a negrura das trevas" (Judas 13).

Deus ama profundamente você e eu, e por isso Jesus, o Filho de Deus, veio à Terra. "Ele se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo" (Hebreus 9:26). Seu interesse em nós é profundo e pessoal. Ele quer que sejamos capazes de dizer com segurança: "O Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim" (Gálatas 2:20). Ele nos diz: "Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus" (1 Pedro 3:18). Cristo Jesus veio pessoalmente para nos levar para Si mesmo. Somente um teimoso orgulho recusaria Seu amor. Ele promete àqueles que O aceitam como seu Salvador: "Não te deixarei, nem te desampararei" (Hebreus 13:5).

domingo, 11 de outubro de 2020

O Pequeno Presente de Nellie

Há muitos anos, fui convidado a pregar aos condenados na prisão estadual da cidade de Michigan. Sentei-me na plataforma enquanto os prisioneiros marchavam, 700 homens, jovens e velhos. Eles marchavam em sincronia, cada um com a mão no ombro do homem à sua frente. Dada a palavra de comando, eles se sentaram. Dentre eles havia setenta e seis “lifers”, como eram chamados os homens condenados à prisão perpétua por assassinato.

Depois de cantar, levantei-me para pregar, mas eu mal conseguia falar em meio às lágrimas. Desconsiderando todas as regras da prisão, desci da plataforma e caminhei pelo corredor entre os homens, pegando um e depois outro pela mão e orando por eles. No fim da fileira de “lifers” estava sentado um homem que, mais do que os outros, parecia endurecido por seus pecados. Seu rosto estava marcado com cicatrizes. Parecia que poderia se tornar um demônio encarnado se estimulado à raiva. Coloquei minha mão em seu ombro, chorei e orei com ele e por ele.

Quando o serviço acabou, o governador me disse: “Bem, Kain, você sabe que quebrou as regras da prisão ao deixar a plataforma?”

“Sim, governador, mas eu queria me aproximar daqueles homens solitários e orar por eles, e falar-lhes sobre o amor de Jesus, o Salvador. Ele veio ‘buscar e salvar o que se havia perdido’ (Lucas 19:10). ‘Este [Jesus] recebe pecadores, e come com eles’ (Lucas 15:2).

“Você se lembra”, perguntou o governador, “do homem no final da fila dos ‘lifers’? Tom Galson foi mandado para cá cerca de oito anos atrás por assassinato. Ele era, sem dúvida, um dos tipos mais desesperados e cruéis que já recebemos, e, como esperado, nos deu muitos problemas.

Conhecendo Nellie

“Cerca de seis anos atrás, o dever me obrigou a passar a noite na prisão, em vez de ir para casa como eu esperava. Cedo de manhã saí da prisão para minha casa, meus bolsos cheios de presentes para minha filha. Era uma manhã amargamente fria, e eu abotoei meu casaco para me proteger do vento cortante que vinha do lago. Enquanto ne apressava, pensei ter visto alguém se escondendo na sombra da parede da prisão. Parei e olhei um pouco mais de perto, e então vi uma garotinha, em um vestido mirrado, com os pés descalços enfiados em um par de sapatos surrados. Em sua mão ela segurava com força um pequeno pacote de papel. Querendo saber quem era e por que estava fora de casa tão cedo de manhã, e ainda assim cansado demais para me interessar, me apressei. Ouvindo alguém me seguir, parei, me virei e vi a mesma criança de aparência negligenciada.

 “'O que você quer?' Perguntei bruscamente.

“'Você é o governador da prisão, senhor?'

“'Sim. Quem é você, e por que você não está em casa?'

“'Por favor, senhor, eu não tenho casa. A mamãe morreu há duas semanas, e ela me disse, logo antes de morrer, que o papai, Tom Galson, estava na prisão, e ela pensou que talvez ele gostaria de ver sua filha, agora que a mamãe está morta. Por favor, você não pode me deixar ver meu papai? Eu quero lhe dar um presente.'

“'Não', respondi rispidamente. 'Você terá que esperar até o dia de visitas', e continuei a andar”.

Compaixão

“Eu não tinha dados muitos passos quando senti um puxão em meu casaco, e uma voz suplicante dizendo: 'Por favor, não vá'. Eu parei mais uma vez e olhei para aquele rosto magro e suplicante diante de mim. Grandes lágrimas brotaram de seus olhos enquanto seu queixo tremia de emoção.

“'Senhor', disse ela, 'se eu fosse sua filhinha, e a mamãe de sua filhinha tivesse morrido no abrigo, e seu papai estivesse na prisão, e ela não tivesse para onde ir e ninguém a amasse, o senhor não acha que ela iria querer ver seu papai? E se sua filhinha viesse a mim, se eu fosse governadora da prisão, e me pedisse que por favor deixasse ver seu papai para lhe dar um presente, o senhor não acha que eu diria Sim?’

“A essa altura, eu tinha um grande nó na garganta, e meus olhos estavam marejados de lágrimas. Respondi: 'Sim, minha garotinha, acho que você diria Sim, e você poderá ver seu papai.' Tomando-a pela mão, corri de volta para a prisão, pensando na minha própria filhinha em casa. Cheguei em meu escritório e pedi-lhe que se achegasse perto do fogão quente enquanto eu enviava um guarda para trazer Tom Galson de sua cela. Logo que chegou ao escritório, ele viu a garotinha. Seu rosto se anuviou com uma carranca raivosa e, em um tom áspero e selvagem, gritou: 'Nellie, o que você está fazendo aqui? O que você quer? Volte para sua mãe.'

Coração Quebrantado

“'Por favor papai', soluçou a garotinha, 'mamãe está morta. Ela morreu há duas semanas no abrigo, e antes de morrer me disse para cuidar do pequeno Jimmie, porque você o amava tanto, e pediu-me que dissesse que ela amava você também – mas, papai', e sua voz rompeu em soluços e lágrimas, 'Jimmie morreu também, semana passada, e agora estou sozinha, papai, e – e eu pensei que talvez, como você amava o Jimmie, que você gostaria de ter um pequeno presente dele.'

“Então ela desembrulhou o pequeno pacote que carregava, até que encontrou um pequeno pacote de papel de seda, do qual ela tirou um pequeno cacho de cabelo e o colocou na mão de seu pai, dizendo: 'Eu o cortei da cabeça do querido Jimmie, papai, logo antes de o enterrarem.'

“A essa altura, Galson estava soluçando como uma criança, e assim também eu. Abaixando-se, ele pegou sua filha, pressionando-a convulsivamente contra seu peito enquanto seu grande corpo tremia de emoção reprimida.

 “A cena era sagrada demais para eu ficar olhando, então eu suavemente abri a porta e os deixei a sós. Em cerca de uma hora eu voltei. Galson estava sentado porto do fogão, com sua filhinha sobre seu joelho. Ele olhou para mim timidamente por um momento, e então disse: 'Governador, eu não tenho nenhum dinheiro'. Então, de repente, tirando sua jaqueta de prisão, disse: 'Não deixe minha filhinha sair neste dia frio com esse vestido mirrado. Permita-me dar-lhe este casaco. Trabalharei desde cedo até a tarde; farei qualquer coisa. Serei um homem. Por favor, governador, deixe-me cobri-la com esse casaco.' Lágrimas escorriam pelo rosto do homem outrora endurecido.

“'Não, Galson', eu disse, 'fique com o seu casaco; sua filhinha não vai sofrer. Vou levá-la para casa comigo e verei o que minha esposa pode fazer por ela.'

“'Deus o abençoe', soluçou Galson.

Mudança Permanente

“Levei a garota para minha casa. Ela ficou conosco por vários anos e se tornou uma cristã verdadeira pela fé no Senhor Jesus Cristo.”

O Livro de Deus mostra a necessidade do homem e o remédio de Deus. “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23).

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).

Tom Galson também se converteu e não deu mais trabalho às autoridades da prisão.

Muitos anos mais tarde, visitei a prisão novamente. O governador me perguntou: “Kain, você gostaria de ver Tom Galson, cuja história lhe contei alguns anos atrás?”

“Sim, eu gostaria”, respondi.

O governador me levou até uma rua tranquila e, parando em frente a uma casa bem arrumada, bateu à porta. A porta foi aberta por uma mulher alegre, que cumprimentou o governador cordialmente.

Entramos, e então o governador me apresentou a Nellie e a seu pai, que, graças à ajuda do governador, tinha recebido um perdão e estava agora vivendo uma vida cristã íntegra com sua filha, cujo pequeno presente tinha quebrantado seu duro coração.

“Cristo morreu pelos ímpios” (Romanos 5:6). E Ele morreu por VOCÊ! Confie n’Ele também!

“Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios” (Romanos 5:6).

sábado, 3 de outubro de 2020

Vida Por Vida – Uma História Verídica Sobre Dois Irmãos

Muitos anos atrás, havia dois irmãos chineses. Embora eles vivessem juntos, eles eram muito diferentes um do outro. Assim como na cultura chinesa, vamos nos referir a eles como "irmão mais velho" e "irmão mais novo".

O irmão mais novo era selvagem e obstinado. Seus interesses primários pareciam ser apenas prazer e pilhagem. O irmão mais velho, por outro lado, era um homem respeitável e responsável. Ele vivia angustiado com o comportamento do irmão mais novo e muitas vezes o alertava de que ele poderia acabar entrando em sérios problemas. O irmão mais velho realmente amava o irmão mais novo -- e o irmão mais novo ria do irmão mais velho quanto mais ele orava por ele.

Certa noite, bem tarde, o irmão mais novo entrou correndo para dentro de casa, chamando o irmão mais velho e exclamando: "Ajude-me! Esconde-me! Eu matei um homem! A polícia está atrás de mim. O sangue..." Oh sim, o sangue! Sua roupa estava suja de sangue. Sua culpa era óbvia. O que ele poderia fazer? Onde e como ele poderia se esconder?

O irmão mais velho respondeu: "Rápido! Troque de roupa comigo". O irmão mais novo rapidamente obedeceu. A polícia chegou. Lá estava o irmão mais velho com a roupa ensanguentada. Ele não disse nada e não resistiu. A polícia presumiu que havia capturado o criminoso.

Os julgamentos eram mais curtos naquela época. Visto que o irmão mais velho não disse nada além do que era exigido -- e não disse nada para se defender -- seu julgamento logo terminou, e o juiz o condenou à morte.

No entanto, na noite anterior à sua execução, ele pediu que seu carcereiro lhe fornecesse algo para que pudesse escrever uma carta e que prometesse entregar a carta após sua morte. Alguma coisa sobre o irmão mais velho atraía o carcereiro. Ele concordou em fornecer o material necessário, e prometeu providenciar para que a carta fosse entregue após sua morte.

Na manhã seguinte, o irmão mais velho pagou a pena pelo crime do irmão mais novo. Algum tempo depois, um mensageiro bateu à porta da casa do irmão mais novo. Temeroso, ele abriu a porta e aceitou a carta.

Então, o irmão mais novo abriu a carta -- e ao lê-la, não pôde segurar um grito! O que ela dizia? O coração da carta era esta mensagem:

Amanhã, vestido com sua roupa, morrerei em seu lugar. E você, vestido com minha roupa, viverá uma vida justa e santa, em minha memória, de agora em diante.

Então, o irmão mais novo ficou tão chateado que mal sabia o que fazer. Ele pensou que possivelmente seu irmão ainda não havia sido executado. Ele correu para procurar o juiz, mostrou-lhe a carta e confessou seus crimes: o de assassinato e o de covardia. Mas o juiz lhe disse que seu irmão já havia morrido em seu lugar. Vendo como a lei já tinha sido satisfeita por tal sacrifício de amor, o juiz se recusou a acrescentar qualquer outra acusação contra o irmão mais novo.

O irmão mais novo estava livre! Mas a que preço! Como você supõe que o sacrifício de seu irmão o afetou? Vou lhe dizer:

O irmão mais novo percebeu sua culpa como nunca antes. Ele percebeu o amor de seu irmão como nunca antes. Ele se voltou para Deus, e descobriu que o amor e poder ainda maior de Deus, através de Jesus Cristo, podia libertá-lo do que ele tinha sido e permitiria que vivesse como o irmão mais velho tinha vivido. Seus velhos amigos encontraram dificuldade em acreditar que ele tivesse se tornado tão diferente. Quando convidado a ir com eles para o mesmo lugar em que eles tinham ido juntos anteriormente, ele disse: "Na roupa de meu irmão eu não posso ir lá. Ele nunca iria lá."

Após uma vida de serviço a Deus e aos homens, ele foi enterrado como havia solicitado -- na roupa do irmão mais velho. Agora, o irmão mais velho e o irmão mais novo estavam juntos novamente.

Essa é uma grande história verídica, mas Deus escreveu uma ainda melhor. Deus enviou Seu Filho para morrer em seu lugar. Jesus morreu para lhe dar a vida -- e Ele vive para viver Sua vida naqueles que confiam n'Ele. Por favor, considere cuidadosamente o que Deus diz em Sua Palavra, a Bíblia:

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16).

"Àquele [Jesus] que não conheceu pecado, [Deus] o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Coríntios 5:21).

"Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados" (1 Pedro 2:24).

"Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida" (Romanos 5:10).

"O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor" (Romanos 6:23). Nova vida no Cristo ressuscitado que morreu por você! Você já a tem? Você já a vive?

Fonte

Postagens populares