quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A Volta do Soldado Ferido

NUMA CERTA MANHÃ, no ano de 1863, chegou ao cais de Norfolk, Virgínia, Estados Unidos, um navio a vapor carregado de passageiros pouco comuns. Tinha sido efetuada uma troca de prisioneiros feridos e doentes entre os exércitos da União e da Confederação, e esse vapor transportava centenas de soldados da União que haviam sido feitos prisioneiros e tinham estado internados nos hospitais da Confederação. 

Muitos deles estavam num deplorável estado de miséria e sofrimento. Entre eles encontrava-se um jovem de menos de vinte anos de idade, cujos padecimentos de feridas e doenças o haviam enfraquecido sobremaneira. Fora criado delicadamente em um lar de fino trato na Filadélfia, mas a vida no cárcere do exército inimigo, e a prolongada falta de cuidados, tinham sido para ele intoleráveis, deixando seu corpo em estado lastimável, coberto de chagas e cheio de parasitas. 

Um irmão mais velho, abastado negociante em Filadélfia, mandara dizer-lhe que iria ao seu encontro em Norfolk. Ao receber esta notícia, disse logo aos companheiros: "Certamente ele não vai me reconhecer". Contou-lhes como o lar de seu irmão era tão elegante e limpo, e acrescentou que, com a mudança que se operara nele, certamente não o desejaria receber cm sua casa. "Encontro-me tão mudado", disse ele, "que William não irá me reconhecer, e se me reconhecesse, certamente não estaria disposto a receber-me em sua casa. Terei de ir para o hospital e lá morrer". Em seguida, o pobre rapaz desatou a chorar, contemplando sua roupa tão suja e esfarrapada, e o corpo emagrecido. 

Logo que o navio atracou ao cais, um homem forte e bem vestido saltou para o convés. Era William, seu irmão. Havia horas que estava ali, aguardando a chegada do navio. Tinha uma carruagem munida de boas almofadas e coberto­res, para levar o irmão para o trem. Tinha obtido licença de Washington para levar seu irmão para casa e, com o semblante a manifestar ansiedade, andou pelo convés em busca dele. 

Não demorou para chegar perto de seu irmão, porém não o reconheceu. Sentiu-se mal ao contemplar aquele ser tão desgraçado. Tinha feridas na boca e no nariz, o rosto desfigurado, o cabelo despenteado e grudado às manchas pustulentas que trazia na testa; pés descalços e cheios de fendas causadas pelo escorbuto. Sua roupa estava reduzida a trapos imundos. Ao ver aquilo, William voltou-lhe as costas, impulsionado por profundo sentimento de nojo. 

O coração do pobre jovem doente esmoreceu. "Era isto que eu receava", pensou consigo, "William não me reconheceu e teve nojo de mim. Ele estava tão limpo e bem vestido! No estado em que me encontro agora, nunca poderá desejar ter-me ao seu lado". E assim não teve coragem de chamar por ele. 

Seu irmão passou pela segunda vez sem que o reconhecesse, pelo que continuou sem ânimo de lhe dirigir palavra. Mais uma vez o irmão deu a volta por todo o convés do navio, indo de soldado a soldado. Quase chegou à conclusão de que seu irmão não estava ali, e teve receio de que tivesse morrido na viagem. No entanto, fazendo ainda mais um esforço, encontrou-se, pela terceira vez, junto daquele a quem buscava  Contemplou-o com atenção, mas ainda sem dar sinal de o haver reconhecido. "Coitado", pensou, com profunda compaixão. Mais uma vez virou-se para se afastar, quando uma débil voz o fez parar. 

– William! Não me reconhece? — foram as palavras proferidas pelos trêmulos lábios do pobre enfermo. 

– Meu querido irmão! Por que não me chamou antes? ­– foi a resposta aliviada daquele homem. 

Tomou em seus braços aquele corpo magro, levando-o logo — trapos, imundície, feridas e tudo mais — para a carruagem que os esperava. As suas forças, o seu dinheiro, o seu lar, tudo quanto possuía estava à disposição de seu pobre irmão, e o fato de ser rico nunca tivera tanto valor, aos seus olhos, como agora, quando de tudo isto se podia valer em benefício de seu irmão. 

Leitor: pode ser que a compreensão de seu estado pecaminoso, desgraçado, e das chagas morais de muitas espécies, faz você sentir vergonha e receio do Senhor Jesus, assim como aquele pobre soldado sentia de seu irmão. O contraste entre você e Cristo é bem maior, sem dúvida. Se você fosse levado, tal como está, em seus pecados, para a presença do Senhor no lugar onde Ele Se encontra, na luz, santidade e glória do Céu, sentiria quão grande é o contraste que existe entre o seu estado e o dEle, e isto encheria seu coração de desespero. "Desde a planta do pé até à cabeça não há nele cousa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres, não espremidas, nem ligadas com óleo" (Isaías 1.6). 

Contudo, o negociante de Filadélfia, por mais contente que estivesse ao tomar o irmão nos braços, e cuidar dele com tanta ternura, quando o achou, não sentia nada que se compare ao gozo imenso que o Salvador sente quando encontra um pobre pecador que confesse a sua necessidade de salvação. 

Cristo aceita o pecador, 
Coberto com as chagas do pecar; 
Livra-o, e logo o transforma 
Em alguém apto ao Céu entrar. 

“O que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora" (João 6.37).

Os Filhos da Sabedoria

(Comentário Mateus 11:19-24)

Veja:



Não existe argumento para quem deliberadamente deseja duvidar de Jesus. Por isso ele diz: "A sabedoria é justificada por seus filhos". Como entender isso?

Primeiro é preciso entender que Jesus é a Sabedoria. Em 1 Coríntios diz que ele foi feito sabedoria para os que creem. No livro de Provérbios a sabedoria é personificada. Mas, afinal, por que a sabedoria é justificada pelos seus filhos?

Só Deus tem a sabedoria absoluta, ninguém mais. Quando eu me justifico, isto é, reputo a mim mesmo por justo, faço isso adotando um padrão de justiça. Minhas idéias, meu raciocínio, minha cultura, tudo isso faz parte do padrão de certo e errado que eu crio para mim.

O problema é que esse padrão é mutante. As coisas que hoje considero certas, não são as mesmas de dez anos atrás, e provavelmente serão diferentes de minha opinião daqui a dez anos. Você considera antiquadas as idéias de seus pais e avós, mas se esquece que seus filhos e netos pensarão o mesmo de você.

Portanto, quando eu adoto como justo o meu padrão, excluo o padrão divino. Quando adoto por certa a minha opinião, excluo a opinião divina. Quando a minha sabedoria é a referência, automaticamente jogo para escanteio a sabedoria divina. Acabo agindo como filho ou resultado de minha própria sabedoria.

Como conseqüência, se justo é o que eu sou, então Deus é injusto, porque o meu padrão necessariamente é diferente do dele. Mas se creio em Jesus, se nasci de novo como filho de Deus, justifico a Deus. Tenho a ele como justo. A sabedoria é assim justificada por seus filhos.

Agora pense no que disse Paulo aos Filipenses: "Em Jesus estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência". Ao crer em Jesus como seu Salvador o Espírito Santo de Deus vem habitar em você. Todos os tesouros da sabedoria e da ciência de Deus que estão em Cristo ficam disponíveis para você. Sabendo disso, você teria coragem de confiar em sua própria sabedoria, em seguir o padrão criado por sua razão?

O paradoxo disso é que não são os sábios segundo os padrões humanos que entendem isso. São os pequeninos que veremos na continuação deste capítulo.

Mario Persona. Fonte: www.3minutos.net

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Não é Para Mim!


Sem dinheiro e sem preço (Isaías 55.1). Tais são as condições da oferta, que Deus faz a todos, do dom da vida eterna. Mas, quão poucos são aqueles que a aceitam nestas condições.

Um amigo dos pobres tinha por costume encomendar, com frequência, 250 quilos de carvão, usado nos fogões e no aquecimento das casas, mandando entregá-lo em casas de pessoas que sabia estarem em precárias circunstâncias. Como o inverno era rigoroso, o frio intenso, e tudo cobria-se de neve, o gentil benfeitor ficava radiante de alegria pelo conforto e agasalho que suas dádivas iriam causar em muitos corações e lares.

A carroça do carvão parou em frente de uma casa de aspecto pobre e desolado, e o carroceiro bateu à porta e disse ao velhinho, que ali morava, que trazia carvão para ele.

— Quem foi que mandou?

— Não sei — disse o carroceiro, — mas mandaram-me entregá-lo aqui; aqui está.

— Deve ser engano; não é para mim — respondeu o velho. — Eu não tenho tal sorte; não tenho nenhum amigo que me mande carvão de graça. Leve-o; não é para mim, e não quero mais saber disso! — e fechou a porta. Foi-se embora a carroça levando a dádiva que tinha sido destinada ao velhinho.

No dia seguinte, foi vista a mesma carroça, parada à entrada de uma outra casa pobre da cidade, e o mesmo carroceiro, com 250 quilos de carvão, batia à porta.

—Trago-lhe carvão — disse ele em tom alegre; — Onde quer que o ponha?

— Não é para mim — respondeu o homem que abriu a porta, — Deve ser um engano.

— Não, não há engano — disse o carroceiro. — Olhe; aqui está a nota da encomenda: "Casa nº 24, 250 quilos de carvão". Está bem claro. Não há nenhuma dúvida, não é mesmo?

— E verdade que este é o número de minha casa — respondeu o outro, — mas este carvão não é meu, e por isso não o posso receber. Deve ser para outra pessoa!

— Ora essa! — replicou o carroceiro, coçando a cabeça com ar atrapalhado. — Este carvão já está me intrigando! Já chega de desencontros. Até parece que estou trazendo veneno! Chega uma bela dádiva de carvão e vocês recusam-se a aceitá-la. Mas, seja como for, o carvão vai ter que ficar aqui, pois ontem já tive que levá-lo de volta de outra casa onde foi rejeitado. Para mim isto está sendo uma humilhação; portanto, se não abrir a porta da carvoeira, vou despejar tudo aqui, bem em frente de sua casa.

Devido a tal insistência, o homem acabou abrindo a porta do depósito, dizendo:

— Com certeza você terá que voltar aqui outra vez para buscar o carvão; portanto, não vou insistir nisso. Mas se for mesmo para mim, ficarei muito agradecido.

Mais uma casa foi visitada pelo carroceiro, com a carroça carregada de carvão. Bateu à porta e disse à mulher que atendeu que trazia carvão para ela.

— Para mim? — disse ela; — Não pode ser; deve ser para outra pessoa.

— Não, minha senhora; aqui está o número da sua casa bem legível: "Nº 8, 250 quilos de carvão".

— É verdade! Então deve ser Deus que me manda, pois mais ninguém sabe que, há pouco, coloquei no fogão o resto do carvão que tinha. Faça o favor de trazê-lo aqui para dentro. Tenho que agradecer a Deus.

— Sim, talvez assim convenha — disse o homem, porém acrescentando em voz baixa, como se falasse para si, — Esta mulher é que tem juízo, só ela. Os outros são uns tolos.

E quantos insensatos como eles existem aqui no mundo! Apesar de Deus haver dado o Seu Filho para que TODO AQUELE que O aceitar, pela fé, não se perca, mas tenha a vida eterna (João 3.16).

O carvão tinha sido pago por um homem bondoso; e a nossa salvação foi comprada ao preço do precioso sangue do Filho de Deus, "O qual Se deu a Si mesmo em preço de redenção por todos" (1 Timóteo 2.6).

Contudo, há muitos que são como aqueles pobres que não aceitaram o presente. Alguns há que, como o velhinho, o recusam em absoluto, dizendo: "Não é para mim".

Caro leitor: "Se tu conheceras o dom de Deus" (João 4.10), e se você aceitasse a Jesus Cristo como seu Salvador, poderia dizer: "Graças a Deus pois pelo Seu dom inefável" (2 Coríntios 9.15).

Crianças Mimadas

(Comentário Mateus 11:1-18)

Veja:


Jesus terminou seu recado a João Batista, dizendo: "Feliz é aquele que não se escandaliza por minha causa". João tinha dúvidas a respeito de Jesus, mas não duvidava de Jesus. Por isso perguntou a ele, e não a outro. Você tem dúvidas a respeito dele, ou duvida dele?

Jesus não reage com indignação às dúvidas de João, não o repreende por isso e nem tenta dar o troco falando de seus defeitos. Ao contrário, ele se volta para a multidão e fala bem de João.

João tinha sido o precursor do Messias, uma espécie de mestre de cerimônia, aquele que apresenta a atração principal e depois abandona o palco e os holofotes. 

Os profetas do Antigo Testamento tinham profetizado até João (Isaías 40:3). Tinham profetizado da vinda de João e de seu anúncio do Messias. Portanto, no momento em que João subiu ao palco e ligou seu microfone, os judeus deviam saber que o Messias tinha chegado e aguardava nos bastidores. 

Mas assim como não deram ouvidos a João, os judeus não dariam ouvidos a Jesus. Por isso Jesus lhes diz: "Quem tem ouvidos ouça!". João tinha vindo no espírito e poder de Elias, um profeta do Antigo Testamento que também vivia no deserto e se vestia igual a João. Aceitar o testemunho de João era o mesmo que reconhecer o Messias. Rejeitar seu testemunho era o mesmo que rejeitar o Messias e o seu reino.

Nunca ninguém teve uma posição tão importante quanto João Batista. Mas agora até o mais insignificante cidadão do reino dos céus desfrutava de uma posição e um privilégio maior do que o dele. Não apenas como arauto do Messias, mas participando da nova ordem de coisas que Jesus estava inaugurando. O rei de um reino que era dos céus estava agora na terra.

E como as pessoas reagiam a isso? Uns queriam tomar esse reino de assalto para acabar com ele. Outros estavam dispostos a fazer o possível e o impossível para participar dele.

Jesus diz que os judeus estavam reagindo como crianças mimadas e indiferentes. O som de uma música alegre não era suficiente para motivá-las a dançar. E uma história triste não tinha qualquer efeito sobre suas emoções.

João tinha vindo como um homem regrado, ascético, que comia gafanhotos e se abstinha até de tomar vinho, e eles o acusavam de ser possesso de demônio. Jesus vivia como um homem comum, comendo e bebendo, e eles o acusavam de comilão e beberrão. Como satisfazer gente assim? Não tem como.

Mario Persona. Fonte: www.3minutos.net

sábado, 17 de novembro de 2012

Salvo na Internet

5 de Janeiro de 1998

Sinto-me completamente perdido. Em Novembro próximo estarei completando 50 anos de idade e, até onde consigo lembrar, nos últimos trinta e cinco anos tenho buscado uma religião ou a religião verdadeira na qual eu pudesse encontrar paz. Tem sido uma busca por uma identidade espiritual pois não sei onde encontrar paz, uma paz que sempre desejei em meu viver. 

De que me valeu ter nascido num lar católico e ter sido criado por minhas tias, tão devotas dessa religião? Ainda posso me recordar das lições de catecismo, da primeira comunhão e crisma, mas nada disso me trouxeram paz ao coração. Nem mesmo as missas de domingo e dias santos, que não perdia por nada deste mundo, puderam eliminar o peso que hoje sinto em minha alma. 

Aquele Deus austero e vingativo de que me falavam só aumentava o medo em meu coração. E como poderia ter sido diferente para um menino de sete anos de idade que escutava aterrorizado àquelas histórias das aparições de Fátima e das previsões que diziam ser de Nossa Senhora? Diziam-me que até o Papa tinha desmaiado de terror ao receber as revelações! Que tipo de Deus incapaz de Se compadecer era Aquele? Todavia era esta a imagem de Deus com que minhas tias encheram minha mente. 


16 de Janeiro de 1998

Estive pensando que talvez tenha sido toda aquela superstição que recebi do Catolicismo que me fez chegar à adolescência totalmente descrente daquela religião, uma religião que apontava para um Deus ao qual devíamos servir por medo e não por amor. Minha melhor recordação daqueles anos é da Bíblia que me foi apresentada por um amigo da minha idade que não era católico. Fiquei empolgado com o pouco que ele me ensinou a respeito de Deus. 

Lembro-me de quando, animado por ele, passei a frequentar a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Fui batizado naquela organização religiosa sob veementes protestos de minha família. Passei alguns anos ali mas minhas dúvidas e temores continuavam. O fervor inicial de minha entrada ali foi se desvanecendo. Acabei saindo daquela denominação porque não queria continuar numa religião sem paz e nem desejava continuar enganando aquelas pessoas com as quais eu convivia. Minha vida exterior poderia ter enganado muita gente, mas eu sabia que não podia enganar a Deus, que me conhecia melhor do que eu mesmo. 


18 de Janeiro de 1998

Me desanima pensar em todo o tempo perdido vagando por várias outras religiões além do Catolicismo e o Adventismo do Sétimo Dia. Tudo o que li vindo das Testemunhas de Jeová e as pesquisas que fiz sobre Budismo, estudando com um grupo que encontrei em minha cidade nada acrescentaram em paz à minha alma. O mesmo posso dizer do Hinduísmo. Mesmo o fato de pertencer à Maçonaria e seguir a Teosofia em nada me ajudou a obter paz. A verdade é que a cada dia me sinto mais e mais confuso. Quando penso no fato de que ficar os últimos vinte anos envolvido com a Rosacruz não me ajudou em nada! Será que estou fazendo algo de errado? Será impossível para mim encontrar a maneira certa para que Deus Se comunique comigo? 


2 de Fevereiro de 1998

Sinto-me dando voltas, como um cão perseguindo o próprio rabo e nunca conseguindo alcançá-lo. Quanto mais me aprofundo nos estudos esotéricos e místicos, maior o vazio que sinto dentro de mim. Estou confuso nesta busca por "luz", lendo tudo o que me vem às mãos. Reconheço que preciso de ajuda, preciso de alguém acima de qualquer suspeita em quem possa confiar, que possa me orientar. Toda orientação que recebi do Espiritismo, Magia, Esoterismo e de tudo o que me ligou à Nova Era tem sido inútil. 

Ter me filiado a diversas ordens e fraternidades como a Ordem Rosacruz, Maçonaria, Colégio dos Magos, Antiga Ordem Mística, Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento e Teosofia de nada me ajudou em minha busca por paz. E o que dizer dos terreiros de Umbanda que frequentei, dos búzios (pequenas conchas para adivinhações) que consagrei com sacrifício de animais? Nem eles puderam prever que essas coisas só iriam me levar a um beco sem saída e sem paz! 


5 de Fevereiro de 1998

Parece que foi ontem que minha curiosidade pelo Espiritismo acabou me levando a um centro espírita. Tremo ao pensar que acabei integrante daquela mesa, quando me recordo das muitas pessoas às quais ensinei o "Evangelho Segundo o Espiritismo", de Allan Kardec -- pensar nos muitos seminários, cursos e palestras que participei! Hoje todos esses livros em minha estante, fruto de dez anos lendo o que me ensinaram ser “escritos psicografados por espíritos” parecem zombar de mim. E não só eles, mas seus companheiros cujos ensinos que nada mais fizeram além de ajudarem a aumentar a aridez que todos os dias sinto em minha alma. Lá estão Helena Petrovna Blavatsky, C. W. Leadebeater, Annie Besant, Alice Baile, Krishnamurt, Dion Fortune, Paulo Coelho, Lobsang Rampa -- tantos homens e mulheres nos quais confiei, cujos escritos devorei! Nada mais que papel. Tão inúteis agora em minha aflição como meus outrora preciosos Baghavad Gita e Vedas. 


10 de Fevereiro de 1998

Ultimamente tenho passado horas pesquisando na Internet. Examinei tudo o que consegui -- textos, pessoas, religiões. Mas ainda estou dando voltas. Sinto mais confusão em minha mente, a cada dia tenho mais dúvidas. Encontrei alguma coisa sobre Islamismo. Até troquei e-mails com alguns muçulmanos dispostos a me ajudar. Decidi que vou continuar pesquisando alguns sites Islâmicos para ver se a paz pode ser encontrada ali. 


11 de Fevereiro de 1998

Hoje me veio um pensamento: Por que não pedir ajuda a Deus? Por que não deixar que Ele abra o caminho para mim? Por que não orar com sinceridade, pedindo para ser tirado de toda essa confusão? 

Acho que estou me tornando muito descrente de Deus e do que Ele é capaz. Tudo em que me envolvi até agora aponta para minha própria evolução espiritual -- evolução que tenta me elevar até eu me tornar um “deus”. Não será isto muita pretensão? Não será isto buscar independência do verdadeiro Deus? 

Não foi apenas na Maçonaria, onde alcancei o 19º grau me tornando um Venerável, que encontrei esse tipo de pensamento. A ideia de transformar homens em deuses é comum a muitas das religiões que pesquisei e daquelas a que me associei. Todas ensinam a respeito da imortalidade da alma, reencarnação, salvação por obras e coisas que não diferem muito dos rituais pagãos do passado. Será possível que eu esteja sendo enganado? O que devo fazer? 


12 de Fevereiro de 1998

Até agora estive buscando a salvação por meio de meus próprios méritos, pelas coisas que posso fazer com meus próprios esforços. Devo admitir que tenho buscado, por meio de meus estudos, uma forma de me tornar um “deus” e não de como encontrar o Deus verdadeiro. Nisto a Maçonaria tem contribuído, ensinando que eu poderia, com meus esforços, me aproximar do que Cristo é. Ali me tem sido ensinado que Ele não passou de um homem comum como eu e que poderia ser como Ele se tão somente seguir seus ensinamentos. Tudo o que é necessário para eu encontrar a luz é subir pouco a pouco os graus de elevação. 

Mas a cada grau o que encontrei foi que a luz deve estar no próximo grau. Será que isto é a verdade? Será que o que tenho aprendido através da Maçonaria, de que a luz me será dada pouco a pouco, conforme eu for alcançando os graus mais elevados? Ou será uma mentira? Começo a pensar que tenho sido levado por falsas esperanças e iludido por ensinos de homens


16 de Fevereiro de 1998

Minha esposa e as crianças viajaram. Estou aproveitando estes dias em que estou só para orar e pedir orientação a Deus. Hoje mais uma vez pesquisei a palavra "Muçulmano" na Internet. Fiquei surpreso por ter encontrado em um site chamado "Histórias de Verdade" a história de um egípcio, um mestre do Islam, que fez um caminho exatamente inverso ao que eu estou tentando fazer. Ele saiu do Islamismo e se converteu ao cristianismo! A história chama-se "No Vale de Lágrimas". Ela tocou meu coração e está mudando totalmente o rumo das coisas para mim. Começo a ver que estou errado, muito errado. Estou longe de Deus. Muito distante mesmo. Acho que até aqui tenho andado no caminho do engano. 

O que li me fez entender claramente que devo me afastar de tudo aquilo que me deixa confuso e devo me concentrar no estudo e interpretação das Escrituras. Eu não precisava ter complicado tanto as coisas. Começo a enxergar que a resposta para o meu dilema está na simplicidade da Palavra de Deus, a Bíblia. 


17 de Fevereiro de 1998

Li outras histórias que encontrei no site de “Histórias de Verdade”. Por meio delas entendi que neste momento o mais importante para mim é tomar uma decisão. Importa mais que tudo o passo que devo dar. Sei que é algo que deverei tratar entre Deus e eu, ou seja, aceitar ao Senhor Jesus como meu único Salvador. É uma decisão pessoal que deve ser tomada sem qualquer interferência externa. Não quero receber qualquer influência de alguma denominação ou algum sistema religioso, pois é dessas coisas que estou tentando fugir. 

Desde a última Sexta-Feira me encontro em constante oração e meditação, solicitando a Deus, o Criador, uma orientação para minha vida. Encontrar o site de “Histórias de Verdade” foi uma resposta às minhas orações. Desde então tenho meditado no que li e nos e-mails que estou trocando com o responsável pelo site. Comecei a derramar sobre ele um verdadeiro bombardeio de perguntas! 


20 de Fevereiro de 1998

Mais uma vez recebi ajuda por meio dos e-mails que tenho recebido de "Histórias de Verdade". Amanhã devo viajar para ir encontrar minha família e só voltarei depois dos feriados. Quero voltar a fazer contato depois de minha volta. Enquanto isso continuarei lendo e analisando tudo que recebi. Estou convicto de que sou um pecador perdido necessitado desesperadamente de salvação. 

Nestes dias tenho lido a correspondência recebida de "Histórias de Verdade" e tenho pensado muito. Também li o livro “A Agonia do Grande Planeta Terra”, de Hal Lindsay mencionado na história "Quando os Anjos Se Alegram" e já emprestei o livro a um amigo. 


5 de Março de 1998

Depois de muita meditação, tomei uma decisão -- talvez a maior decisão de toda a minha vida. Aceitei o Senhor Jesus e o sacrifício que Ele consumou por mim como única forma de salvação. Decidi que de agora em diante confiarei em Seu sacrifício e aprenderei dAquele que o consumou. Desejo que Cristo possa se tornar tão real para mim que Sua vida possa ser vista em mim. Sei que por mais que eu tente fazer alguma coisa, nunca poderia alcançar a salvação por meus próprios méritos. Mesmo tentando modificar a mim mesmo diariamente, lutando contra mim mesmo, sei que jamais iria conseguir. 

Também sei que não sou merecedor da salvação eterna. Ela me foi possível pelo Senhor Jesus ter morrido na cruz por mim e me está sendo dada gratuitamente por Deus em Sua maravilhosa graça. Pela primeira vez na vida encontrei e desfruto a paz. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie." (Efésios 2:8,9) E também, "tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5:1). 


11 de Março de 1998

Já rompi os últimos laços com a Ordem Rosacruz (AMORC), devolvendo todas as lições que recebi nos últimos vinte anos. Também estou me livrando de todos os livros, revistas, folhetos, fitas cassete e indumentárias que recebi da Maçonaria, de cuja Loja local eu fui o fundador. Também rompi todas as associações e devolvi tudo o que me ligava ao misticismo, esoterismo, espiritismo e outros "ismos" que me mantiveram escravo por todos esses anos. É um alívio saber que não preciso ser membro de alguma organização para receber "o dom gratuito de Deus, a vida eterna". Não preciso de seus ensinos "miraculosos" reservados a alguns poucos membros eleitos, escolhidos ou "iluminados". "Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte." (Provérbios 14:12). Hoje tenho a Palavra de Deus para me garantir de que tenho a vida eterna. É a Bíblia que me diz, ao falar de Jesus: "Tu tens as palavras da vida eterna". (João 6:68). 

Sou um novo homem. Encontrei o verdadeiro Caminho para o céu: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por Mim”. (João 14:6). Minhas dúvidas desapareceram e no lugar delas tenho fé e cri no Senhor Jesus Cristo e no grande sacrifício que Ele fez, aceitando-o como o único meio de salvação. Tenho o perdão garantido pelo sangue de Cristo que foi derramado, de uma vez por todas, na cruz. Tenho assegurada a entrada no céu. 

O Senhor usou a Internet para me alcançar e me fazer ver tudo o que Ele fez por mim. Hoje estou usando a Internet para contar a você que a mesma salvação está disponível a todo aquele que simplesmente crê em Cristo como Salvador. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16)

Fonte: http://www.stories.org.br/saved.html

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A Graça de Deus

Conta-se a seguinte história de uma pobre mulher que estava enfrentando grandes dificuldades financeiras. Um cavalheiro bondoso, sabendo da sua situação, quis visitá-la, com a intenção de a socorrer. Bateu à porta de sua casa durante bastante tempo, e, como ninguém a abrisse nem desse qualquer sinal, chegou à conclusão de que ela não estava, e retirou-se.

Pouco tempo depois, encontrou-a e contou-lhe que tinha ido à sua casa para lhe prestar auxílio.

- Oh! - exclamou a mulher - Então foi o senhor que estava batendo à porta? Peço desculpas. Julgava ser o dono da casa que tinha vindo cobrar o aluguel e tive receio de atender por não ter como pagar.

Da mesma forma como esta pobre mulher tratou o cavalheiro que desejava ajudá-la, há hoje milhares de pessoas que tratam Deus assim. Quando Ele bate à porta de seus corações, acham que Ele vem com o propósito de lhes cobrar alguma coisa; mas como se enganam! Deus não vem pedir a você o pagamento da grande dívida que você tem para com Ele, mas vem, isto sim, oferecer tudo aquilo que você necessita para sair da miséria em que se encontra. Ele quer dar a você uma herança eterna. "Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos" (Marcos 10.45).
"Eis que estou à porta, e bato" (Apocalipse 3.20).

À porta chamo, alma triste,
Ansioso por te consolar:
Se minha voz, enfim, ouviste,
Posso Eu entrar? Posso Eu entrar?
À porta, por amor levado,
Procuro já teu mal sanar;
Ó pecador desalentado,
Posso Eu entrar? Posso Eu entrar?
A minha graça poderosa,
O teu pecado vem lavar;
Ó alma impura, pesarosa,
Posso Eu entrar? Posso Eu entrar?
Do Céu te trago vida e gozo,
Que podes hoje desfrutar;
E tudo te darei, gozoso;
Posso Eu entrar? Posso Eu entrar?

Missão Possível

(Comentário Mateus 10)

Veja:



Agora Jesus escolhe doze homens para uma missão. Apóstolo significa "mensageiro" ou "enviado". Os doze são tão diferentes entre si que é provável que você se reconheça em algum deles. Ele vai enviá-los para uma missão muito particular. Boa parte do que você encontra no capítulo 10 de Mateus aplica-se àquela missão em especial, e não ao cristão de uma maneira geral. Por exemplo, eles são enviados às ovelhas perdidas de Israel e devem evitar gentios e samaritanos. Há coisas na Bíblia que são dirigidas especificamente aos judeus, o povo escolhido de Deus.

Os evangelhos são a concretização das profecias do Antigo Testamento que anunciavam a vinda do Messias para Israel. Muito bem, o Messias agora estava ali, bem no meio deles. O que os judeus iriam fazer com Jesus, o Rei prometido? Nós sabemos. Iriam prendê-lo, açoitá-lo, coroá-lo de espinhos e entronizá-lo numa cruz. Iriam dizer: "Não queremos que este reine sobre nós" e votariam pela condenação do Filho de Deus e pela libertação de Barrabás, um ladrão e homicida.

Com essa rejeição toda Deus abriu um parêntese no progresso da profecia para introduzir a igreja, um corpo formado de judeus e gentios convertidos. Isso começa no capítulo 2 do livro de Atos e termina quando Jesus vier buscar sua igreja. Depois o relógio profético volta a funcionar para Deus continuar tratando com Israel.

O capítulo 10 de Mateus traz detalhes específicos para aquela missão dos doze, e também revela a forma como serão tratados os judeus fiéis no futuro, após o período da igreja. Ao dizer a eles que não terminariam de percorrer todas as cidades de Israel antes da volta do Filho do Homem em glória e majestade revela o caráter profético do capítulo. Filho do Homem é um dos títulos dados a Jesus.

Porém, há pontos que podem ser aplicados a todas as épocas. Um é a aversão que as pessoas teriam. Ele diz que alguns receberiam seus discípulos, outros não. Que eles seriam perseguidos e presos, mas que o Espírito Santo ensinaria a eles o que dizer diante de governadores e reis. Eles deviam ser intrépidos e anunciar a mensagem até de cima dos telhados, sem temer os que podem matar o corpo, mas não podem condenar eternamente.

Estas coisas podem ser aplicadas a você e a mim. O fato de Jesus dizer que não veio trazer a paz, mas a espada não é uma apologia à violência. É que a simples presença de Jesus na vida de alguém acaba gerando controvérsia. Ele é a linha divisória entre a luz e as trevas, a vida e a morte, o céu e o inferno. Ao contrário do que alguns imaginam, Jesus não é uma espécie de guru paz e amor, que fica levitando no ar e cantando "Imagine" de John Lennon.

Neste momento o evangelho está fazendo uma proposta, oferecendo vida e salvação. Ao tomar uma decisão você terá escolhido um lado. É desse lado que estamos falando. Não espere que o mundo aplauda sua decisão por Jesus. E nem ache que não virão momentos de dúvidas.

Mario Persona. Fonte: http://www.3minutos.net/

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Qual é o Caminho?

Qual é o caminho? Esta é uma pergunta que todo viajante prudente faz ao iniciar sua jornada. Qualquer pessoa sensata se preocupa com seu destino e com o caminho que a conduzirá até lá. E na jornada desta vida há um momento em que nos damos conta de que não estamos conseguindo enxergar o nosso destino. Desejamos um feliz destino, mas qual é o caminho que devemos seguir?

Nossa vida neste mundo é apenas uma viagem rumo à eternidade. E o caminho que tomarmos enquanto estivermos aqui determinará nosso destino eterno. Deus não nos abandonou nesta viagem, mas deu-nos um guia -- a Bíblia -- que indica o Caminho que devemos seguir. Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra, e Luz para o meu caminho [1]. No entanto, a mesma Palavra de Deus diz que o homem é pecador e, por natureza, rebelde a Deus, pois não há um justo, nem um sequer... porque TODOS PECARAM e destituídos estão da glória de Deus [2, 3]. E por causa do pecado, os ímpios serão lançados no inferno [4]. Que triste destino está reservado para o pecador!

Quando tomamos consciência do juízo que nos espera, buscamos desesperadamente um meio de chegar ao Céu. Surge então uma dúvida em nosso coração: Qual é o CAMINHO? "Vá a tal religião", nos dirão alguns; "procure praticar boas obras", nos dirão outros... Mas os rituais religiosos ou obras de caridade não aliviarão a consciência daquele que sabe que a alma que pecar, essa morrerá! [5] Todavia Deus é extremamente amoroso e nos lembra: Não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva [6].

Mas como poderá Deus, que é Santo e Justo, livrar o ímpio que é digno de toda condenação? Deus providenciou um meio de salvar o pecador, porque, como pela desobediência de um só homem (Adão, o primeiro homem), muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de Um (Jesus) muitos serão feitos justos [7]. Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, substituiu o pecador, recebendo sobre Si todo o juízo de Deus. Embora nunca houvesse pecado, Ele Se ofereceu como culpado, levando sobre Si todos os pecados dos que nEle creem e sofrendo a morte no lugar do pecador. Seu sacrifício foi aceito por Deus, que O ressuscitou ao terceiro dia, por isso pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus. [8]

Portanto, o CAMINHO não é religião, caridade ou alguma filosofia. Há muitos que acreditam que todos os caminhos levam a Deus, porém tal pensamento é falso. A Palavra de Deus afirma que há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte [9]. Há um só Caminho que leva a Deus: Jesus Cristo. Quando os Seus discípulos Lhe perguntaram como podemos saber o Caminho, Ele lhes respondeu: Eu sou o Caminho, e a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai, senão por Mim [10]. E em NENHUM OUTRO há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos [11]. Que é necessário que eu faça para me salvar? Crê no Senhor JESUS CRISTO, e serás salvo! [12].

E você, querido leitor, já sabe para onde vai? Existe um destino de paz e alegria para aqueles que estão em Jesus Cristo. Creia em Jesus, reconhecendo nEle o ÚNICO CAMINHO para sua salvação.

"Todo aquele que nele crer não será confundido."  [13]

Os Textos Bíblicos são: 1) Salmos 119.1052) Romanos 3.10,23; 3) Salmos 9.17; 4 e 5) Ezequiel 18.20 e 33.11; 6) Romanos 5.19; 7) Hebreus 7.25; 8) Provérbios 14.12; 9 e 10) João 14.5 e 6; 11) Atos 4.12; 12) Atos 16.30,31; 13) Romanos 10.11.

Vida, Visão e Testemunho

(Comentário Mateus 9:27-38)

Veja:


Vimos Jesus trazer a menina morta de volta à vida. Agora ele vai curar dois cegos e um mudo. A ordem desses eventos traz uma lição para nós.

A Bíblia descreve o homem como espiritualmente morto em seus pecados. Portanto eu e você nascemos insensíveis, incapazes de perceber o peso de nossos pecados ou de avaliar o juízo que pesa sobre nós. Se você ainda não crê em Jesus como seu Salvador, esta continua sendo sua condição

É preciso receber a vida de Deus; é preciso você nascer de novo, até para ter sensibilidade suficiente para perceber sua condição.

A convicção de seus pecados e o arrependimento não vêm de uma grande sacada que você teve ou como conseqüência de sua espiritualidade. Nem é fruto da comparação que você faz de suas atitudes com uma lista de leis e mandamentos, mesmo porque muita gente nem considera como pecado aquilo que a Bíblia diz ser*. A convicção genuína só acontece por obra do Espírito Santo e por meio da vida que você recebe de Deus.

Os dois cegos pedem a Jesus que tenha compaixão deles e o chamam de "Filho de Davi". Eles reconhecem que Jesus é o Messias, o Enviado a Israel. O livro do profeta Isaías garantia que o Messias seria capaz de livrar os cegos da escuridão, e é nisso que aqueles dois cegos crêem.

Primeiro eles precisaram crer para depois ver. Percebe que é exatamente o oposto de "ver para crer"? Sua salvação também depende de crer para ver. Antes mesmo de você ganhar visão suficiente para compreender a Palavra de Deus é preciso que creia em Jesus como seu Salvador.

Em seguida trazem a Jesus um homem mudo e endemoninhado. O demônio é expulso e o mudo passa a falar. Enquanto a multidão se maravilha dizendo que nunca viram isso em Israel, os fariseus ficam indignados.

Você percebeu a ordem dos eventos? A menina recebeu vida, os cegos receberam a visão e o discernimento, e o mudo passou a falar, dando seu testemunho. É preciso nascer de novo, receber a vida, a salvação e a visão de Deus, para poder falar das maravilhas que ele preparou para todo aquele que crê. Tudo vem de Deus para que toda a glória seja dada a ele.

Da próxima vez que alguém lhe falar de Jesus, pergunte se essa pessoa tem certeza do perdão dos pecados e da vida eterna. Se não tiver, pode ser que ela acredite que vida, visão e salvação sejam coisas recebidas por esforço próprio. Ela pode achar que o fato de falar de Jesus para outros conta pontos para ser salva. Não conta.

Mario Persona. Fonte: http://www.3minutos.net

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O Filho Pródigo

Há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.
E disse: Um certo homem tinha dois filhos;
E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.

E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.

E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.
E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos.
E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.
E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!
Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;
Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.
E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.
Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés;
E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos;
Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.
Lucas 15:10-24

Tal como o pai recebeu com alegria o filho há tanto tempo perdido, como conta o capítulo quinze do Evangelho de Lucas, assim também Deus acolhe com o mais profundo regozijo, e com hospitalidade celestial, o regresso do mais vil pecador. O próprio Deus concede uma purificação perfeita, um vestuário novo e completo, um magnífico banquete e o gozo celestial que nunca terá fim.

O Salvador suportou todo o sofrimento - a morte para tirar o pecado - tomando sobre Si todo o castigo que deveria cair sobre nós; e, agora, que tudo está pronto, convida você a lançar-se em Seus braços, sendo bem vindo ao Seu coração; bem vindo para todo o sempre no Seu Lar.

Oh! que será com Cristo estar, longe de todo o mal, 
Na santa companhia do Pai, na glória divinal
Seu lar ser nosso, o santo amor em que esse Filho está; 
O bom quinhão que Cristo tem - ser nosso gozo lá! 

A Menina e a Mulher

(Comentário Mateus 9:18-26)

Veja:


Como vimos, é uma insensatez tentar misturar a lei e a graça, judaísmo e cristianismo, salvação por obras e por fé. É o mesmo que colocar remendo de pano novo em vestido velho ou vinho novo em odres velhos.

Agora Jesus vai se encontrar com duas pessoas, uma velha e outra nova, e vai curar as duas. Uma é menina, de doze anos, filha de um líder religioso, a qual está morrendo. Ué, mas os líderes religiosos não se opunham a Jesus? Sim, a maioria deles. Mas este, com sua filha única morrendo é um exemplo claro de como mudamos de opinião quando a água bate no queixo.

Alguém disse que não existem ateus nos campos de batalha e que as últimas palavras do mais convicto piloto ateu, gravadas na caixa preta do avião prestes a se espatifar no solo, são sempre as mesmas: "Meu Deus!".

Enquanto caminhava em direção à casa da menina que viveu 12 anos saudável e foi surpreendida pela morte, uma mulher que há 12 anos sofria de uma hemorragia aproximou-se de Jesus. Não importa se você é jovem e saudável, a morte sempre está à espreita. E se ela não chegar de forma precoce, como aconteceu com a menina, todos os dias você perde um pouco de vida, como o sangue que se esvaía daquela mulher. Ambas precisavam de Jesus.

A mulher acredita que basta tocar nas vestes de Jesus para ser curada. Faz isso por trás dele, sem perceber que ele já percebeu. Jesus percebe a mais leve manifestação de fé, a mais vacilante aproximação, o mais singelo toque. Ele se volta para a mulher e diz aquilo que todo ser humano devia querer ouvir: "Tenha ânimo, a sua fé curou você". Algumas traduções trazem o verbo "salvar" em lugar de "curar".

Ao chegar à casa da menina dada como morta, Jesus diz que ela apenas dorme. A morte não é morte quando você tem Jesus ao seu lado. As pessoas no velório riram dele. Enquanto você não tocá-lo com fé, também irá rir dele, sem perceber que sua vida está se esgotando como numa hemorragia. Enquanto não deixar que Jesus pegue você pela mão, como fez com a menina morta, continuará zombando, ignorando que, espiritualmente, você já morreu.

"Menina, eu lhe ordeno, levante-se!" Ah, nada como uma ordem, um comando de Jesus, para trazer alguém da morte para a vida. Um dia essa ordem será dada, não apenas para uma menina que voltará a morrer depois, mas para milhões de pessoas que creram e terão seus corpos ressuscitados para viverem para sempre. Você estará entre elas?

Mario Persona. Fonte: http://www.3minutos.net/2008/08/29-menina-e-mulher.html

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